Essa não é a primeira polemica envolvendo a múmia mais famosa do mundo. Em 1923, Tutancâmon foi alvo de grande polêmica quando surgiram boatos de que maldição existente na sua tumba foi a causadora da morte dos mais de 30 homens que participaram da descoberta de sua múmia.
Mas agora, em pleno 2016, o rei Tuti voltou a dar o que falar depois de uma descoberta envolvendo uma adaga encontrada dentro do seu sarcófago.
O estudo envolveu pesquisadores da Universidade Politécnica de Milão e da Universidade de Pisa, ambas na Itália, e o Museu Egípcio do Cairo. Os pesquisadores analisaram a lâmina da adaga usando um espectrômetro de fluorescência de raios-X tomando todo o cuidado para não acabar danificando a peça de valor histórico incalculável.
Após as analises os cientistas concluíram que o material empregado na lâmina é um metal homogênico e não oxidado (ferro), entretanto foi constatado que o ferro da adaga possuía 11% de níquel em sua composição, enquanto o ferro terrestre apresenta no máximo 4% de níquel na sua constituição. Tais altos níveis de níquel só são encontrados em ferro que existe em meteoritos que se chocam contra a terra.
O porque da adaga ter sido colocada dentro do sarcófago ainda é um mistério, embora alguns pesquisadores argumentem que o punhal estava na tumba de Tutancâmon pois além do ferro ser um metal mais raro que o ouro naquela região, o fato do ferro empregado na lâmina ter "caído do céu" fazia com que ele fosse considerado uma mensagem divina e seu valor era inigualável, usado somente em rituais importantes envolvendo o faraó, neste caso a mumificação do mesmo.
Os cientistas estão desenvolvendo uma pesquisa conjunta a anterior, na qual estão buscando fragmentos de meteoritos em um raio de 2 mil quilômetros do mar vermelho com o intuito de comparar o ferro presente neles com o ferro presente no punhal, provando assim que a lâmina é fruto de um meteorito que caiu na região e não de um "presente de extraterrestres".
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